quarta-feira, 13 de julho de 2016

Morte no chão do HGG revolta


Três dias após o líder rosáceo anunciar, ao lado prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, uma “força tarefa” nas áreas de Saúde e Transporte, mais uma denúncia envolvendo o Hospital Geral de Guarus (HGG) veio à tona. Uma paciente de 22 anos teria passado por procedimento de Ressuscitação Cardio Pulmonar (RCP) no chão de uma sala do HGG, na manhã dessa terça-feira (12), por suposta falta de maca na unidade. Ela havia sofrido um infarto, foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu e morreu.

Após a morte, um médico da própria unidade fez um desabafo em grupo do Whatsapp, mas preferiu não ser identificado com receio de sofrer represálias como teria acontecido com o médico Cláudio Leonardo Moraes. No desabafo, o médico faz um comparativo entre o tempo em que ele atuou na equipe de resgate da Polícia Rodoviária Federal, quando tinha que atender pacientes em situações adversas devidos às limitações das próprias circunstâncias e não apenas por falta de maca.

No hospital, uma familiar da paciente chegou a comentar o seguinte: “Ela foi atendida no chão. Um funcionário foi olhar no hospital para ver se tinha maca e não tinha. A gente percebeu o empenho da equipe médica, mas não teve jeito. Depois, logo nos deram a notícia de que ela estava sem vida. Os médicos pediram que fosse feito um exame para verificar o porquê do infarto”, disse a familiar, que preferiu não se identificar.

Em nota enviada pela superintendência de Comunicação, a Prefeitura informou que a paciente já teria chegado sem vida. “Em 12/7/16, às 11h20, deu entrada na Emergência do hospital a paciente A.C.F, sem batimentos cardíacos, logo em parada cardiorrespiratória, tendo sido imediatamente atendida na UPG (Unidade de Pacientes Graves), recebendo exaustivas manobras de ressuscitação cardiopulmonar e outros procedimentos adequados a esse quadro, porém sem êxito. Em relação ao procedimento médico, é prerrogativa do profissional, em situações de emergência e extrema gravidade, adotar as técnicas de ressuscitação apropriadas a cada caso. Apesar de estarem sendo assistidas outras nove pacientes graves na UPG, a referida paciente recebeu atendimento imediato, na busca de reverter a parada cardiorrespiratória. Em virtude da paciente já ter chegado em óbito ao hospital, o seu corpo foi encaminhado ao IML para os devidos tramites”, dizia a nota.

Fonte: Folha da Manhã

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