quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Rio poderá ser beneficiado com futuros investimentos da Petrobras


O gerente-executivo do Financeiro Corporativo da Petrobras, Marcos Antônio Zacarias, disse, nesta quinta-feira (24/09), durante reunião da CPI da Petrobras da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que o Rio será beneficiado com 80% da parcela dos recursos da estatal dedicada à exploração e produção de petróleo e gás. Essa parcela corresponde a 83% de US$ 130,3 bilhões, valor estimado dos investimentos contidos no novo Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período de 2015 a 2019. Zacarias confirmou que esses recursos são menores do que o previsto anteriormente, de US$ 206,8 bilhões – previsão de 2014 a 2018 –, e correspondem a uma redução de 37%.

O gerente apresentou o plano na reunião da CPI e disse que o Rio ficará com 80% da parcela exploratória por conta das bacias de Campos e de Santos. De acordo com ele, o novo estudo feito pela estatal tem como objetivos fundamentais a redução do endividamento e a geração de valor para os acionistas. A dívida da estatal para o segundo trimestre de 2015 está estimada em R$ 416 bilhões. Zacarias afirmou que a Petrobras terá recursos para pagar as dívidas desse ano, porque a previsão do fluxo de caixa possibilitará o pagamento.

O representante da Petrobras também disse que a estatal tem a meta de trabalhar com 30% dos recursos de terceiros até 2020. Atualmente, a empresa trabalha com 51% desses recursos.

Relatório final

A CPI terminou, nesta quinta, de ouvir os depoimentos previstos. Relator do grupo, o deputado Luiz Paulo (PSDB) disse que o Parlamento fluminense passou a ter “a consciência plena dos problemas de arrecadação”. “Um terço do PIB do Estado depende dos royalties, da participação especial e da cadeia produtiva de petróleo e gás. O barril do petróleo caiu 50% e a perda da arrecadação do ICMS aumentou o rombo dos derivados no momento da crise da Petrobras”, declarou.

Presidente da comissão, o deputado Edson Albertassi (PMDB) comentou que, entre as recomendações que serão feitas no relatório final, está a questão da portaria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) 206/00, que define os critérios para o cálculo dos royalties e participações especiais nos estados. “A ANP reconheceu que essa portaria é nociva ao Estado e que retirou do Rio, nos últimos três anos, mais de R$ 5 bilhões. A expectativa é que, com o avanço da recuperação, R$ 1,5 bilhão entrem para o Estado e os municípios do Rio”, afirmou.

O relatório final da CPI da Petrobras deverá ser votado entre os integrantes na próxima semana.


Fonte: ASCOM
Texto de Camilla Pontes

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